Poesia de Francisco para Maria remetida em agosto de 1923
Ao teu ouvido, em surdina...
Teu perfil, pouco a pouco, suaviza-se
no ouro embaciado do crepúsculo.
O crepúsculo é um cofre de veludo,
onde teu perfil repousa,
no silêncio das horas...
Mística doçura envolve tudo...
Estremecem lágrimas no olhar das coisas...
E o crepúsculo, brandamente,
cobre de cinzas teu perfil,
no silêncio das horas...