22 de setembro de 2008

Gabriel Tarde

Mas quem de nós não inventa e não inova em algum grau e não é iniciador obscuro, de algum modo, ao mesmo tempo que imitador em todo o resto de sua conduta? Quem não deixa atrás de si, num círculo mais ou menos amplo ou restrito, um hábito novo no que lhe toca, uma modificação despercebida de linguagem, de maneiras, de idéias, de sentimentos? Nada está perdido de tudo aquilo que jorrou de nosso coração um dia, e cuja misteriosa fonte, escondida nas profundezas de nossa originalidade irredutível, escapa à sonda do psicólogo.


Trecho extraído de As Transformações do Direito.