2 de fevereiro de 2009

Théodule Ribot (1839-1916)

Este psicólogo francês é considerado o fundador da psicologia científica francesa. Ribot também era formado em Filosofia, e foi o responsável pela introdução da psicologia experimental na França. Trabalhou em psicologia clínica em conjunto com psiquiatras, com o intuito de relacionar as doenças mentais a bases orgânicas. É dele um conhecido enunciado sobre a memória: as recordações mais recentes, mais complexas e sem significado afetivo desaparecem mais depressa do que as recordações antigas, simples e carregadas de emoções.
Difícil a gente encontrar livros dele por aí. Mas eu encontrei sua Psychologie de L'Attention, Alcan, Paris, 1913. Pois bem, dando uma olhada na obra de menos de 200 páginas, me deparei com um trecho interessantíssimo, porque Ribot − indiscutivelmente um homem de ciência, − debruça-se sobre uma passagem de ninguém menos que Teresa de Ávila, a santa espanhola mística, uma mulher culta que deixou uma obra notável onde narra sua experiência.
Fiquei tão encantada com o que li que não resisti ao impulso de traduzir e compartilhar essa impressionante e delicada análise. Começa na página 142, na parte onde ele analisa o que chama de estados mórbidos da atenção. Traduzi. Está aí em cima, pra quem quiser ler.