5 de fevereiro de 2009

La Bruyère (1645-1696)


É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático: aquele que não sabe nada acredita ensinar aos outros aquilo que acaba de aprender ele mesmo; aquele que sabe muito pensa apenas que aquilo que ele diz pode ser ignorado, e fala mais indiferentemente.
É preciso rir antes de ser feliz, de medo de morrer sem haver rido.
Os homens começam pelo amor, terminam pela ambição, e muitas vezes não estão em numa posição mais tranqüila senão quando eles morrem.
Um sábio nem se deixa governar nem procura governas os outros: ele quer que a razão governe sozinha e sempre...
Um caráter bem insípido é aquele de não ter nenhum.
O deboche é, frequentemente, indigência de espírito.
Rir das pessoas de espírito é o privilégio dos tolos; eles são no mundo aquilo que os bobos são na Corte, eu quero dizer, sem conseqüência.
Parece-me que se dizem as coisas ainda mais finamente do que se pode escrevê-las.