Apresentar um livro em um prefácio é algo
que me parece redundante. Afinal, cabe à leitura conectar o leitor à escrita, e
esse é um processo sobre o qual o escritor não possui controle algum. Todavia,
a escolha de quem vai ler depende também do que pode esperar encontrar entre as
páginas de um entre milhares de outros livros, ainda mais quando se trata de
nada menos que o mercado, um assunto que, a meu ver, não dispensa reflexão.
"Ensaios da Subjetividade" reúne seis crônicas que exploram temas muito variados. Desde o tédio, visto como uma jornada íntima voltada ao sujeito, até a magia da imaginação, que altera os cenários, e mesmo cartas irreverentes dirigidas ao Papai Noel. Confesso meu amor pelos livros, assim como minha peculiar relação com eles. Na escrita, vai refletida minha íntima conexão com o mundo da fantasia, bem como a ênfase a aspectos da vida cotidiana que vão expostos de modo provocativo e, às vezes, questionador.
"Homenagem ao Tédio" é um convite para valorizar a solidão. Em uma sociedade cada vez mais marcada pelo consumismo desenfreado, é preciso questionar a superficialidade das relações humanas e a perda de significado em um mundo onde a fama e o prestígio eclipsam a verdadeira essência da existência. "Províncias & Metrópoles" tem por protagonista um homem que sai da cidade grande rumo à província. A narrativa descreve a experiência desse migrante ao internalizar uma nova paisagem, desvendando seu simbolismo, com ênfase às sensibilidades aguçadas das pequenas cidades. "Solidão Incomoda", sim, mas não o solitário. Desnecessário, portanto, tentar explicar a solidão alheia, atribuindo-a ao conformismo. Solidão é conquista, um estado de liberdade, de paz e conforto que contrasta com a agitação do mundo exterior, especialmente durante feriados e festividades. "Imaginação" explora a ideia de que as lembranças não precisam estar vinculadas ao mundo concreto, porque há um real particu
lar à nossa subjetividade, que transcende o mundo tangível, e que vai muito além do que é percebido pelos conformistas. Em "Carta ao Papai Noel", o meu desejo por presentes de Natal é colocado com toda franqueza. Afinal, consumir é quase como existir. É uma prática comum na sociedade. Uma prática que, todavia, vai nessa crônica ironicamente festejada. O texto explora a ideia de que sentimentos genuínos não podem ser solicitados ou adquiridos, sugerindo que são experiências não mercantilizáveis. Finalmente, "Meus Livros, Meus Amores" é uma confissão. Vai aí exposta minha preferência por livros antigos, danificados pelo tempo, cujas características lembram a pele humana envelhecida. Também a fatal transformação dos livros, afetados em sua forma na era pós-moderna que propõe sua comercialização em edições de luxo nas quais não raramente a forma prevalece sobre o conteúdo.
As crônicas que integram "Ensaios da Subjetividade" foram publicadas na Revista Vida Brasil. Contudo, para esta edição, além de uma revisão cuidadosa, decidi acrescentar ilustrações no início de cada capítulo e, ao final, apresentadas como elemento pós-textual.
A decisão de ilustrar meus textos resulta, sobretudo, do incentivo de minha querida amiga Ana Lúcia Marques Ramires, a Aninha a quem dedico este livro, amiga sempre presente na minha vida. Ponderei também que, em lugar de recorrer às produções da IA, eu mesma poderia criar as ilustrações, apesar das dificuldades implicadas em sua inserção em uma editoração eletrônica. Seja como for, penso que imagens são potencialmente significativas, sobretudo, no contexto de um livro.
A todos, meu desejo de uma boa leitura.
"Ensaios da Subjetividade" reúne seis crônicas que exploram temas muito variados. Desde o tédio, visto como uma jornada íntima voltada ao sujeito, até a magia da imaginação, que altera os cenários, e mesmo cartas irreverentes dirigidas ao Papai Noel. Confesso meu amor pelos livros, assim como minha peculiar relação com eles. Na escrita, vai refletida minha íntima conexão com o mundo da fantasia, bem como a ênfase a aspectos da vida cotidiana que vão expostos de modo provocativo e, às vezes, questionador.
"Homenagem ao Tédio" é um convite para valorizar a solidão. Em uma sociedade cada vez mais marcada pelo consumismo desenfreado, é preciso questionar a superficialidade das relações humanas e a perda de significado em um mundo onde a fama e o prestígio eclipsam a verdadeira essência da existência. "Províncias & Metrópoles" tem por protagonista um homem que sai da cidade grande rumo à província. A narrativa descreve a experiência desse migrante ao internalizar uma nova paisagem, desvendando seu simbolismo, com ênfase às sensibilidades aguçadas das pequenas cidades. "Solidão Incomoda", sim, mas não o solitário. Desnecessário, portanto, tentar explicar a solidão alheia, atribuindo-a ao conformismo. Solidão é conquista, um estado de liberdade, de paz e conforto que contrasta com a agitação do mundo exterior, especialmente durante feriados e festividades. "Imaginação" explora a ideia de que as lembranças não precisam estar vinculadas ao mundo concreto, porque há um real particu
lar à nossa subjetividade, que transcende o mundo tangível, e que vai muito além do que é percebido pelos conformistas. Em "Carta ao Papai Noel", o meu desejo por presentes de Natal é colocado com toda franqueza. Afinal, consumir é quase como existir. É uma prática comum na sociedade. Uma prática que, todavia, vai nessa crônica ironicamente festejada. O texto explora a ideia de que sentimentos genuínos não podem ser solicitados ou adquiridos, sugerindo que são experiências não mercantilizáveis. Finalmente, "Meus Livros, Meus Amores" é uma confissão. Vai aí exposta minha preferência por livros antigos, danificados pelo tempo, cujas características lembram a pele humana envelhecida. Também a fatal transformação dos livros, afetados em sua forma na era pós-moderna que propõe sua comercialização em edições de luxo nas quais não raramente a forma prevalece sobre o conteúdo.
As crônicas que integram "Ensaios da Subjetividade" foram publicadas na Revista Vida Brasil. Contudo, para esta edição, além de uma revisão cuidadosa, decidi acrescentar ilustrações no início de cada capítulo e, ao final, apresentadas como elemento pós-textual.
A decisão de ilustrar meus textos resulta, sobretudo, do incentivo de minha querida amiga Ana Lúcia Marques Ramires, a Aninha a quem dedico este livro, amiga sempre presente na minha vida. Ponderei também que, em lugar de recorrer às produções da IA, eu mesma poderia criar as ilustrações, apesar das dificuldades implicadas em sua inserção em uma editoração eletrônica. Seja como for, penso que imagens são potencialmente significativas, sobretudo, no contexto de um livro.
A todos, meu desejo de uma boa leitura.
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