5 de junho de 2024

Crônicas para Passear o Tempo


"Crônicas para Passear o Tempo"
reúne textos que mergulham nas múltiplas nuanças da vida cotidiana com humor e irreverência. Todas foram publicadas pela primeira vez na Revista Vida Brasil, e algumas também em outras mídias, entre 2012 e 2023. Para esta edição, todavia, além das ilustrações inéditas e exclusivas criadas pela autora, os textos ganharam uma cuidadosa revisão. São vivências pessoais que vão desde a relutância em viajar até uma melancólica despedida do cigarro. Entre outros temas, a inevitabilidade da velhice e espaço para uma reflexão sobre o impacto dos automóveis na sociedade, entre outros assuntos. Em cada página, ênfase para a complexidade de momentos aparentemente simples do cotidiano revelado nas entrelinhas da rotina diária.

Na crônica "Em Vilegiatura" o leitor acompanha as reflexões da autora, uma viajante relutante, que questiona a necessidade de deixar seu aconchegante lar. Segue-se uma jornada única de descobertas pessoais que vão desde as preparações até os imprevisíveis momentos vividos durante uma viagem.

Em uma sociedade que endeusa e idealiza a juventude, "Improvisando a Velhice" ironiza a busca incessante pela eterna mocidade, celebrando a vida com uma boa dose de humor. A crônica desafia estereótipos sobre o envelhecimento, destacando que ser velho não é uma escolha, mas uma condição imposta pelos outros.

Em "Cigarro, Paixão Proibida", a autora narra sua dolorosa separação do tabaco, refletindo sobre a liberdade conquistada ao livrar-se do vício e também sobre as transformações culturais do tabagismo nas últimas décadas do século XX.

A crônica "Que Carro Você Tem?" desafia a mentalidade automobilística atual, comparando-a à evolução das atitudes em relação ao cigarro. Aborda a busca do automóvel como conquista e questiona a sustentabilidade desse modelo diante das implicações econômicas e sociais.

“As Cartas Não Mentem Jamais” mergulha nas memórias nostálgicas da infância da autora que revela ao leitor a fascinante prática da cartomancia de sua mãe, onde o baralho, a seriedade e o silêncio desencadeiam um suspense poético. Afinal, quem nunca?

"A Terra Oca" é uma incursão pelo intrigante mundo da pseudociência, um divertido contraponto à teoria da Terra plana durante a pandemia. A crônica questiona a racionalidade por trás de crenças sem base científica, mas, com ironia, a autora confessa sua preferência pela fantasia da Terra oca à Terra plana, imaginando como seria divertida uma excursão ao centro do planeta.

Finalmente, as "Coisas que Só Acontecem com Bibliófilos". A autora aí compartilha a dolorosa experiência de ter de se desfazer de parte de sua biblioteca, uma triste separação que, todavia, propicia um feliz reencontro com livros esquecidos. Ao folhear as páginas de um deles ao acaso, surge a história de São Bonifácio, proporcionando uma reflexão sobre o poder que os livros têm de transportar seus leitores para diferentes épocas e lugares sem precisarem sair do lugar.

Concluindo, "Crônicas para Passear o Tempo" é uma jornada literária que destila a essência de viver nas múltiplas dimensões da rotina diária. A autora convida os leitores a apreciar a complexidade de cada momento, a ironizar a vida e a descobrir, nas entrelinhas de suas próprias narrativas, uma expressão autêntica e singular deles mesmos. Um convite paradoxal, enfim, para a celebração da vida em suas formas mais simples, no que ela tem de mais extraordinário.

Boa leitura!

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