Carta de Francisco para Maria de 30 de outubro de 1924.
Maria,
Há tanto tempo, há tanto! Que não me dás a alegria de ler qualquer cousa que mandas, através de tua letra pequenina, frágil, nervosa, tal se fosse a imagem da tua sensibilidade, em extremo desperta, sempre, ao alarme das menores impressões...
Por que não continuaste a escrever-me? Acaso terás o propósito de por, agora, o ponto final na nossa correspondência? Não sei de motivo algum para isso. Se os há, eles se ocultam tão fundo no interior de teu espírito, e nunca vêm à tona para a graça de uma revelação... Minha profunda amiga!...
Ouve: eu exijo uma explicação de teu silêncio. Sabes? Pensa na significação desta exigência. Porque, se não me explicares, eu... eu... implorar-te-ei,de joelhos, o favor acariciante de uma resposta, para o sossego de minha alma.
Do Francisco.
Maria,
Há tanto tempo, há tanto! Que não me dás a alegria de ler qualquer cousa que mandas, através de tua letra pequenina, frágil, nervosa, tal se fosse a imagem da tua sensibilidade, em extremo desperta, sempre, ao alarme das menores impressões...
Por que não continuaste a escrever-me? Acaso terás o propósito de por, agora, o ponto final na nossa correspondência? Não sei de motivo algum para isso. Se os há, eles se ocultam tão fundo no interior de teu espírito, e nunca vêm à tona para a graça de uma revelação... Minha profunda amiga!...
Ouve: eu exijo uma explicação de teu silêncio. Sabes? Pensa na significação desta exigência. Porque, se não me explicares, eu... eu... implorar-te-ei,de joelhos, o favor acariciante de uma resposta, para o sossego de minha alma.
Do Francisco.