Tenho lido muito sobre o hábito de fumar ou, no vocabulário dos censores, sobre o tabagismo. Continuo fã de quem fuma. No entanto, os discursos prosseguem, cada vez mais fortes, e até mesmo me fizeram reler o que escrevi há algum tempo, falando de mim mesma e por mim mesma sobre meu caso apaixonado com cigarros. Acho que não mudaria uma vírgula do que escrevi. Talvez acrescentasse que, de tanto ouvir falar mal de quem fuma, tentei voltar ao hábito, sem sucesso, no entanto. Quem não fuma é sempre tão chato e repetitivo! Antes estar do outro lado!
Tentei, assim, voltar ao velho hábito. Receio, porém, que o cigarro tenha decidido me abandonar. Não sente mais nada por mim. Nem para tabagista eu sirvo mais, creio. Simplesmente não encontrei nenhum prazer sequer na maravilhosa primeira tragada depois do café. Nada. Realmente, passou. Devo permanecer consumindo café e coca zero apenas, em copiosa quantidade. E devorando livros.
Por sorte, todavia, restam ainda alguns fumantes com quem posso me relacionar, gente que permance saudável em meio àqueles que querem tanto nos salvar, sempre com a mais pura das intenções e, naturalmente, em nome do bem.