"O homem virtual, imóvel diante de seu computador, faz amor pela tela e dá seus cursos por teleconferência. Torna-se um paralítico físico, mas, sem dúvida, também cerebral. Só assim consegue ser operacional. Da mesma maneira que se pode prever que os óculos ou as lentes de contato um dia se tornarão próteses integradas de uma espécie na qual o olhar terá desaparecido, também se pode temer que a inteligência artificial e seus suportes técnicos se tornem a prótese de uma espécie na qual o pensamento terá desaparecido."
BAUDRILLARD, Jean. La transparencia del mal. Ensayo sobre los fenómenos extremos. Tradução de Joaquín Jordá. Barcelona: Anagrama, 1991, p. 173-4.