31 de janeiro de 2013

Recém Chegados

Eles vêm, os livros. Eles me acontecem, simplesmente. Seja porque sabem de minha simpatia por eles todos (ou por quase todos, talvez); seja porque não têm mais para onde ir e precisam exilar-se; seja porque, como estes, envelheceram, e agora hospedam poeira e traças, geração espontânea que a sabedoria produz; seja porque, velhos assim, são sem utilidade num mundo que reverencia beleza, juventude, técnica, praticidade... Então eu os acolho. Estes vieram de longe. Na origem, de bem longe. Migraram até a 407. Aqui, certamente, já se sentem em casa, bem à vontade.