Tem coisas deprimentes que escrevo e que assustam quem gosta de mim. É que escrevo sem explicar. Daí contei do livro que, quando dá, quando posso, quando tenho tempo, quando me dão tempo e paz, eu escrevo aos poucos. E contei de Rebeca, meu alter ego, personagem dramática deste livro que não está pronto ainda. Rebeca Mazzalli é seu nome. E ela se faz passar por racional, embora no fundo seja tão mística quanto os místicos e ocultistas que a cercam no romance. Rebeca tem falas no livro, onde dá margem sempre a interpretações, porque ela simboliza um feminino que não se revela. Daí falar por metáforas. Eu lanço aqui no blog muitas falas de Rebeca. E como sou eu que as escrevo, não cito autor, naturalmente, pois a autora sou eu, embora a fala seja dela. Entenderam? Não? Simples. Sou eu, mas não sou. Certo?
Bem, é muito chato explicar o livro, como também seria muito chato explicar um quadro, mas eu não queria deixar ninguém triste, não. De jeito nenhum!
Até porque, seja como for, hoje ainda é segunda com cara de sexta e, com ou sem dor de cabeça, com ou sem pressão alta, com ou sem sal de frutas para baixar o sapão verde que engoli hoje, com ou sem aquele balaio cheio de outros sapos verdes e grandes que a gente tem de engolir, ainda assim é bom descobrir que, milagrosamente, alguém se lembra da gente... só para mim.