4 de novembro de 2011

Releitura

Descobri que gosto de me reler de vez em quando. Estava folheando essas páginas, brincando com o cursor para cima e para baixo, e me relia. Tentava lembrar-me de como era eu mesma antes de ontem. De como os dias passam e do quanto de nós fica pelas passagens. E pensava nessas mesmas passagens, que são largas, estreitas, escuras, claras, de todo jeito, e que também são lentas, podem ser rápidas, por vezes tormentosas, a vida levando a gente de arrasto. Passa, amanhece, os arranhões dão conta de que ontem foi ontem, e que ontens talvez se escondam nos nossos amanhãs. A vida deve ser feita de corredores e de relógios, de tensões e de acontecimentos. O que não se sabe bem é quando é para sempre ou para nunca mais.