Eu queria tanto deixar-me ir, esquecer-me, dormir. Mas eu não posso, eu sufoco: a existência me penetra por toda parte, pelos olhos, pelo nariz, pela boca. E de repente, de um único golpe, o véu se rasga. Eu compreendi. Eu vi.
Sartre, La Nausée, Gallimard, Paris, 1938, p. 178/179.
Foto: Águas do Arroio Dilúvio, Porto Alegre.