
“O homem é livre, mas ele deixa de sê-lo se não acredita em
sua liberdade, e quanto mais ele supõe a força do destino, mais ele se priva
daquela que Deus lhe deu, dotando-o de razão. A razão é uma parcela da divindade
do Criador. Se nós dela nos servimos para sermos humildes e justos, só podemos
agradar àquele que nos fez dela um dom. Deus não deixa de ser Deus senão para
aqueles que concebem sua possível não existência; e esta concepção deve ser para
eles a maior punição que possam sofrer” (p. XVIII).

um aventureiro que, entre outras façanhas, fabricara ouro, fazendo-se passar por “adepto”, e vendendo-o à crédula Marquesa d’Urfé. No Castelo de Pontcarré, esse hábil veneziano teria persuadido a pobre louca de poder obter à vontade o ouro filosófico, graças ao auxílio de uma árvore ou fuso de projeção. A própria Marquesa tentaria, através de uma operação de gênero especial e peculiar, a procriação de um ser sobrenatural, cujo nome era Horosmasdis e no qual a alma de Madame d’Urfé encontraria um invólucro especial. A saber se esse episódio, que já contei por aí, aliás, aparece nas memórias.
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Do manuscrito original. Fonte: Gallica. |
Vez por outra traduzo alguma coisa aqui para os meus queridos Ácaros. É muito ouro. Não custa compartilhar.
CASANOVA DE SEINGALT, J. Mémoires de J. Casavova de Seingalt écrits par lui-même suivis de fragments des mémoires du prince de ligne. Paris: Librairie Garnier Frères, 1933 (?).
Sobre a publicação.
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