17 de maio de 2009

Bosch


Jeroen van Aeken, dito Hieronymus Bosch, — maravilhoso mestre da pintura que antecipou o surrealismo em séculos, — nasceu de uma família tradicional de pintores, imagina-se que por volta de 1450, na Bélgica. Não se sabe muito sobre ele, mas consta que foi membro da Confraria de Nossa Senhora, — isso entre 1486 a 1516, ano de sua morte, — espécie de congregação ortodoxa que, além de atividades culturais e filantrópicas, mantinha uma companhia teatral e uma orquestra. A vida desse gênio se passa justamente entre o fim da Idade Média e o princípio de um Renascimento que surgia poderosamente, o que explica as heresias, os desvios doutrinais e a crueza de certas cenas que encontramos na pintura de Bosch. Morreu gozando de fama e excelente reputação, foi honrado com memoráveis pompas e com o título de Insigne Pintor. Nunca me canso de olhar seus quadros, onde me perco observando os detalhes. Gosto de me distrair ainda executando cortes nas imagens virtuais, para destacar algumas cenas absolutamente tão belas quanto bizarras. Bosch me faz mergulhar no imaginário.