Daí pensei comigo mesma, ainda que não pudesse pensar senão comigo mesma, que este mundo aqui está é cheio de gente doida.
28 de junho de 2021
7 de junho de 2021
Figurinha de Agenda
É, sim. Figurinha de agenda. No diminutivo mesmo, para a gente pensar em perder tempo em dia útil, em plena segunda-feira, início de mês.
Mas em dias que têm sido tão feios e tão faltos de melhores expectativas, pelo menos algum resquício de ingenuidade é possível fabricar, de propósito, com segundas e terceiras intenções.
Pense nisso, como um convite para perder tempo aqui, entre traças e ácaros que sempre infestam as minhas agendas, de folhas amassadas, escritas com pressa, para que sempre me sobre algum tempo para rabiscar e escrever bobagens como esta.
5 de junho de 2021
Bem assim
Então, a gente passa muito tempo aperfeiçoando perspectivas e pontos de vista, reparando na incidência da luz sobre os objetos, projetando onde colocar corretamente as sombras, etc.. Aprende tudo sobre como dar profundidade ao desenho. Admira os clássicos. Copia-os. Estuda-os. Lê e relê os velhos e maravilhosos autores que nos ensinam a História como história da arte. Só para — depois de crescer (no meu caso nem tanto) e de envelhecer (inevitável) —recomeçar tudo outra vez, reaprendendo a desenhar e a pintar tal e qual se fazia quando criança.
Porque é de verdade bem assim, do jeito que eu fiz, e não assado, como é quando se pinta pensando.
Não é o caso de pensar. E por isso tenho feito coisas distorcidas ultimamente. Se eu pensar, vou corrigir minha percepção, para pintar e desenhar o que conheço. Daí eu criar sem pensamento e concluir que estou em plena regressão.
Pudera, alguém duvida dessa evolução às avessas? O feio definitivamente desbancou o belo, e só eu sei a trabalheira que dá esconder, sob mil disfarces, um pouco de beleza e de delicadeza nesses tropeços dos pinceis e dos lápis sobre a frágil superfície do papel.
3 de junho de 2021
Mas é real
O abstrato nasce do real. A gente é que teoriza e depois se apaixona pelas ideias. Afinal, elas são mesmo muito mais sedutoras. Não é por nada que ideias são a matriz de nossos ideais. E não é à toa que a maioria prefira sonhar a viver. Então, a propósito do título, sim, é real. Reflexo de prédios iluminados, brilhando à noite, refletidos na areia da praia banhada pelas águas do mar. Simples assim.
A troco de quê? Ah. Tem dias que estou mais empírica. Preguiça de pensar mesmo.