12 de setembro de 2020

Memorial das Saudades

Tantas foram as paisagens em que nos inserimos, tantas as belezas por nós descobertas, quando não por nós construídas. Nossos sentidos sempre em oitavas maiores nos deram a perceber um mundo tão intenso, sempre belo, às vezes, dramático. Repentinamente trágico também, mas nunca redundante nem óbvio. Vivíamos da inspiração. Daquilo que não é senão um sendo transformador, gerúndio alquímico do solve e coagula que nos ensinou quão simples é fazer ouro do chumbo pesado que permeia o que apenas existe. Talvez justamente por isso fizemos sentido apenas de passagem, de nós nada mais restando senão memórias e saudades.