Defender-se do invisível... Não é esta uma atitude comum à humanidade? Defender-se daquilo que não se vê senão através dos olhos da imaginação. Estranhamente, os invisíveis que antes não passavam de entes imaginários ganham foros de realidade: coisificam-se. Saem do mundo imaginário para se apresentarem, como ameaças reais.
É preciso então que nos purifiquemos, tendo sempre presente que não basta a higiene da alma. É preciso depurar-se no corpo, isolar-se, enluvar-se, porque o invisível nos ameaça.
E por aí se vai escrevendo mais um capítulo da história de nossos medos.