29 de dezembro de 2009

Anamnese

Quinta-feira, 9 de dezembro de 2004 14:35
Psicologia Social tá difícil...
Meu Querido!
....Ah! Nem o Prof. Jean-Marie consegue "Tardes" facilmente. A Criminalidade que está lá, por sinal, é minha. Aqui na Biblioteca Pública proíbem xerox, quando não dão o livro por desaparecido. Além disso, sábados e domingos, a Biblioteca fecha. Teu carinho me encanta. porque me fazes sentir à vontade naquela minha oitava mais alta, aquele estado de espírito que eu sempre silencio e abafo, meio culpada. Só não fica esperando de mim um trabalho show. Sou assistemática e não acredito em métodos. Desenvolver alguma coisa com começo, meio e fim, em moldes predeterminados até faço, mas é torturante; fazer uso de uma linguagem tipo cult, então... O mais gostoso em Tarde é que ele interrompe um parágrafo e viaja por três... a seqüência está lá adiante. Ora, quem procura, não acha! — Lembra: o mais gostoso em ti e no teu discriminacionismo é teres sido coloquial. Tu conversas, não sentencias. — Minha maneira de saber e descobrir é à-toa, a maior vagabundagem. Recolho tralhas por toda parte, sem me preocupar se aquilo vai ou não assumir um aspecto funcional, não sei forçar. Já cansei de abrir um livro ao acaso e... serendipity! Ostento um formalismo, até visual, quase rigoroso, é verdade. Sou muito educada, escrupulosa, mas é pura piada, porque detesto gente afetada, mais ainda o saber afetado. Por outro lado, nutro um profundo desprezo por quem se deslumbra com sucesso. São os novos sábios que coloco ao lado dos novos ricos... É lisonjeiro que tu gostes desta minha porção virtual, profundamente lisonjeiro. Talvez seja mesmo verdadeiro que eu saiba bastante sobre psicologia social, porque li Siguelle, Tarde, Le Bon, sem suportar Spencer. Li porque quis. Não precisava. O detalhe é que, se eu formular meu conhecimento, ele congela. Daí eu haver te falado nos hiperlinks. Eu tenho peças de um quebra-cabeça, um monte de chaves que abrem portas, mas não estou nem aí para exibi-las ou organizá-las. Meu saber não é puro! Seria um estelionato cultural avalizar uma diletante desviada! Só há um motivo válido para eu tentar uma viagem dessas. Ah! O que uma mulher não faz por um homem charmoso? Mesmo que eu consiga a psicologia social, só vou ler se o texto me seduzir, mas sem pretensões utilitárias. Pelas minhas próprias circunstâncias pessoais, já sou muito certinha, sem reclamar. Mas meu lado criativo é transgressor e é rebelde, nem que seja só no papel em branco.
Vou correr atrás das contas hoje.
Bj!

28 de dezembro de 2009

Triste? Abatido? Nervoso?


Adoro esses almanaques antigos, especialmente quando examino a redação e o estilo dos textos publicitários, que me parecem encantadores em sua simplicidade. Eles traduzem um modo de vida, uma sociedade crédula, apegada a tradições, prosaica em sua maneira de ver a vida, mas, sem dúvida, sincera em suas intenções.
Um clic na imagem e ela abre com melhor resolução.

Superstição

Um homem nunca é completamente miserável quando ele é supersticioso. Uma superstição é freqüentemente uma esperança.
Balzac. La peau de chagrin, Garnier, 1950, pg. 153.

2 de dezembro de 2009

Ferri

“Nos fenômenos psicológicos, a reunião de muitos indivíduos não dá jamais um resultado igual àquele que se deveria atingir a partir da soma de cada um deles”.
Enrico Ferri