11 de abril de 2022
10 de abril de 2022
Rien de rien
Disso não sei mais, M*. Aprendi a confiar na descrença. É um tipo de fé tão boa quanto a outra. Descobertas minhas: confiar na descrença, que é [bem] menos desgastante. Ah! Mas não me venha falar que sou dura ou coisa que o valha. Só queria dizer isso mesmo. Todo ser humano tem fé, mas a de algumas pessoas simplesmente se sustenta de alguma coisa mais prosaica. Eu sei bem como é acreditar, e sei bem como é depois ver as coisas nas quais se acreditou assumirem outros contornos. É da vida. Não discuto. Fé, afinal, a gente sempre tem, ainda que seja no nada. O nada, afinal, é o Nada, ora! Rien de rien.
Ainda mais
Levo muito a sério isso de escrever. Dentre tantas incompetências que me definem, escrever também representa um esforço, porque há resistências a vencer: a preguiça, a ignorância, os erros, que são tantos. Escrever, como tudo mais, representa um esforço. A diferença é que aí encontro recompensas. Não na hora. Mas depois, bem depois. Porque tem horas que me releio e gosto do que encontro. É quando me vejo bem de longe, sem as anomalias e as tantas mazelas da vida vivida de perto pela gente mesmo. Não tenho lá muita tolerância comigo. Resumida a mim, ando cansada, ainda mais agora que você morreu.
3 de abril de 2022
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