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8 de fevereiro de 2015
"A figura que a sociedade de
mercado procura promover é aquela do eterno adolescente refém de uma permanente
adesão ao consumo: a mercadoria como droga. Economia compulsiva, onde a energia
é convertida em pura agitação, em simples capacidade de se distrair. Essa
distração, no sentido pascaliano da palavra, aproxima-se de uma diversão. Ela
desvia do essencial e contribui assim para um desapossamento de si. Provocar
medo de um lado, divertir de outro, ou seja, desviar-se do essencial, impedir
que se possa refletir, dar prova de espírito crítico. Tudo fazer para que as
pessoas produzam e consumam, sem se interrogar sobre algo além de suas preocupações
e desejos imediatos, sem jamais se engajarem em um projeto coletivo que as
possa tornar mais autônomas. A sociedade assim docilizada se torna essa “tropa
de animais tímidos e industriosos” dos quais falava Tocqueville. Eis o ideal da
criação de aves em confinamento".
Robert de Herte, L'Panoptique. Éléments n°117, 2005.
2 de fevereiro de 2015
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